De acordo com o Índice de Alfabetismo Funcional (Inaf 2024), elaborado
pela ONG Ação Educativa em parceria com o Instituto Montenegro, cerca de 40 milhões de pessoas entre 15 e 64 anos
se enquadram nessa condição. Os números permanecem praticamente sem mudanças
desde 2018.
O estudo mostra ainda que o problema vai além
da falta de escolarização. Mesmo entre pessoas com ensino superior, a situação
preocupa: em 2011, apenas 4% eram considerados analfabetos funcionais. Em 2024,
o índice triplicou, chegando a 12%.
“Temos, no Brasil, 68 milhões de pessoas com
18 anos ou mais que não concluíram a educação básica. Isso representa mais de
40% da população adulta. Infelizmente, a educação de jovens e adultos tem sido
pouco valorizada como modalidade nos últimos anos”, afirma Roberto Catelli, coordenador da Ação
Educativa.
A pesquisa classifica como analfabetos
funcionais não apenas quem não sabe ler e escrever, mas também aqueles que
dominam apenas de forma muito limitada a leitura, a escrita e o uso da
matemática no dia a dia.
O dado acende um alerta sobre a urgência de políticas
públicas que garantam o acesso à educação de qualidade e deem novas
oportunidades a quem ficou para trás no processo de aprendizagem. Afinal,
compreender o que se lê e conseguir se expressar são direitos básicos que
sustentam a cidadania.
Fonte : TV Cultura
Foto: andreswd/iStock

Nenhum comentário:
Postar um comentário